O fim do relógio de temperatura nos carros: motivos e cuidados essenciais

Sexta-feira, 09/05/2025

Você já percebeu que muitos carros novos não trazem mais o tradicional marcador de temperatura do motor no painel? Esse instrumento, que por muitos anos foi considerado indispensável para monitorar o funcionamento do motor, está cada vez mais raro, especialmente nos modelos mais populares e de entrada. Essa mudança tem chamado a atenção de motoristas experientes e também de quem está adquirindo seu primeiro veículo.

A ausência do relógio de temperatura pode gerar dúvidas e até preocupações, afinal, ele sempre foi um aliado importante para evitar problemas como o superaquecimento do motor. No entanto, a evolução tecnológica dos veículos trouxe novos sistemas e soluções que tornam esse marcador cada vez menos necessário, alterando a forma como os motoristas lidam com a manutenção preventiva e o monitoramento do carro.

Neste artigo, vamos explicar por que os carros modernos não trazem mais o marcador de temperatura do motor, como funcionam os sistemas atuais de arrefecimento, quais sinais o motorista deve observar e quais cuidados são essenciais para garantir a durabilidade e o bom desempenho do seu veículo.

O fim do relógio de temperatura nos carros: motivos e cuidados essenciais | Auto Center São Cristóvão | Silva Jardim - Casimiro de Abreu

O avanço da tecnologia automotiva e a confiabilidade dos motores

Uma das principais razões para a eliminação do marcador de temperatura nos carros novos é o avanço tecnológico dos motores e dos sistemas de arrefecimento. Atualmente, os motores são muito mais confiáveis, graças ao uso de materiais de alta qualidade, projetos mais eficientes e o auxílio da eletrônica embarcada, que monitora constantemente o funcionamento do veículo e atua rapidamente em situações de emergência, como o superaquecimento do motor.

Com essas melhorias, tornou-se raro ver um carro moderno “fervendo” na estrada, algo comum em décadas passadas. O sistema de arrefecimento fechado, pressurizado e com uso de fluidos específicos reduz drasticamente o risco de superaquecimento em condições normais de uso.

Por que o marcador de temperatura foi substituído?

Além da evolução tecnológica, outro fator que contribuiu para a retirada do relógio de temperatura foi a busca das montadoras por redução de custos, especialmente em veículos do segmento de entrada. Embora a economia por carro seja pequena, em larga escala ela impacta significativamente o preço final do produto.

Hoje, em vez do marcador analógico ou digital, a maioria dos carros traz apenas luzes de advertência no painel. Normalmente, uma luz azul indica que o motor está frio, enquanto uma luz vermelha alerta para o risco de superaquecimento. Quando a luz vermelha acende, é sinal de que o motorista deve parar o veículo imediatamente e procurar ajuda, evitando danos graves ao motor.

O que o marcador de temperatura indicava?

O marcador de temperatura permitia ao motorista acompanhar, em tempo real, a variação da temperatura do motor. Isso ajudava a identificar situações em que o motor estava muito frio (o que aumenta o desgaste e o consumo de combustível) ou quando começava a esquentar além do normal, possibilitando agir antes de um problema maior acontecer.

A faixa ideal de funcionamento do motor geralmente fica entre 90°C e 105°C, onde há menor atrito entre as peças, melhor lubrificação e eficiência na queima do combustível. Se a temperatura ultrapassava esse limite, o marcador alertava o motorista para buscar uma solução antes de ocorrer um superaquecimento grave.

Como funciona o sistema de arrefecimento moderno?

O sistema de arrefecimento dos carros atuais é composto por radiador, bomba d’água, termostato, mangueiras, ventilador e o líquido de arrefecimento. O sensor de temperatura, instalado no bloco do motor ou próximo ao fluxo do líquido, monitora constantemente a temperatura e envia informações à central eletrônica do veículo.

Quando a temperatura atinge níveis críticos, a central aciona as luzes de advertência no painel. Em muitos modelos, é possível acessar a temperatura exata do motor por meio de scanners conectados à porta OBD2, recurso utilizado em oficinas e por motoristas mais atentos.

Cuidados e manutenção do sistema de arrefecimento

Mesmo sem o marcador de temperatura, é fundamental que o motorista mantenha a manutenção do sistema de arrefecimento em dia. Isso inclui verificar o nível e a qualidade do líquido de arrefecimento, seguir o intervalo de troca recomendado pelo fabricante (geralmente a cada 40.000 km) e ficar atento a sinais como luzes de advertência acesas ou aquecimento excessivo do motor.

Se a luz de temperatura acender, não desligue o motor imediatamente. Pare o carro em local seguro, desligue o ar-condicionado, ligue o aquecedor (se possível) e procure assistência mecânica. Isso pode evitar danos mais sérios ao motor e garantir a longevidade do veículo.

Conclusão

A ausência do marcador de temperatura nos carros novos reflete a evolução dos sistemas automotivos, que hoje oferecem maior confiabilidade e segurança. No entanto, cabe ao motorista manter os cuidados básicos de manutenção e ficar atento aos sinais do painel, garantindo assim o bom funcionamento do motor e evitando surpresas desagradáveis.

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